quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A GRANDE BONDADE DE DEUS



A bondade de Deus permanece continuamente' (Salmo 52:1). A 'bondade' de Deus tem que ver com a perfeição da Sua natureza: '... Deus é luz, e não há nele trevas nenhuma' (1 João 1:5). Há uma tão absoluta perfeição na natureza e no ser de Deus que nada Lhe falta, nada nEle é defeituoso, e nada se Lhe pode acrescentar para melhorá-lO. 'Ele é essencialmente bom, bom em Si próprio, o que nada mais é; pois todas as criaturas só são boas pela participação e comunicação da parte de Deus. Ele é essencialmente bom; não somente bom, mas é a própria bondade: na criatura, a bondade é uma qualidade acrescentada; em Deus, é Sua essência. Ele é infinitamente bom; na criatura a bondade é uma gota apenas, mas em Deus há um oceano infinito ou um infinito ajuntamento de bondade. Ele é eterna e imutavelmente bom, porquanto Ele não pode ser menos bom do que é; como não se pode fazer nenhum acréscimo a Ele, assim também não se Lhe pode fazer nenhuma subtração' (Thomas Manton). Deus é summum bonum, o Sumo Bem.

O significado saxônico original do vocábulo inglês. 'God' (Deus) é 'The Good'  (O Bom ou O Bem). Deus não é somente o maior de todos os seres, mas o melhor. Toda a bondade existente em qualquer criatura foi-lhe infundida pelo Criador, mas a bondade de Deus não é derivada, pois é a essência da Sua natureza eterna. Como Deus é infinito em poder desde toda a eternidade, desde antes de ter havido alguma demonstração desse poder, ou antes de ter sido executado algum ato de onipotência, assim Ele era eternamente bom, antes de haver qualquer comunicação da Sua generosidade, ou antes de haver qualquer criatura à qual essa generosidade pudesse ser infundida ou exercida. Portanto, a primeira manifestação desta perfeição divina consistiu em dar existência a todas as coisas. 'Tu és bom e abençoador...', ou, na versão utilizada pelo autor: 'Tu és bom, e fazes o bem...” (Salmo 119:68). Deus tem em Si mesmo um infinito e inexaurível tesouro de todas as bênçãos, capaz de encher todas as coisas.

Tudo que provém de Deus — os Seus decretos, a Sua criação, as Suas leis, as Suas providências — só pode ser bom, como está escrito: 'E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom...' (Gênesis 1:31). Assim, vê-se a bondade de Deus primeiro na criação. Quanto mais de perto se estuda a criatura, mais visível se torna a benignidade do seu Criador. Tome a mais elevada criatura da terra, o homem. Abundantes motivos tem ele para dizer com o salmista: 'Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem' (Salmo 139:14). Tudo acerca da estrutura dos nossos corpos atesta a bondade do seu Criador. Que mãos apropriadas para realizar a obra a elas confiada! Que bondade do Senhor, determinar o sono para restaurar o corpo cansado! Que benévola a Sua provisão, dar aos olhos cílios e sobrancelhas para protegê-los! E assim poderíamos prosseguir indefinidamente.

E a bondade de Deus não se limita ao homem; é exercida em favor de todas as Suas criaturas. 'Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo. Abres a tua mão, e satisfazes os desejos de todos os viventes' (Salmo 145:15-16). Volumes inteiros poderiam ser escritos, na verdade têm sido, para discorrer sobre este fato. Sejam as aves do espaço, os animais das matas ou os peixes no mar, foi feita abundante provisão para suprir todas as suas necessidades. Deus '...dá mantimento a toda a carne; porque a sua benignidade é para sempre' (Salmo 136:25). Verdadeiramente, '... a terra está cheia da bondade do Senhor' (Salmo 33:5).

Vê-se a bondade de Deus na variedade de prazeres naturais que Ele providenciou para as Suas criaturas. Deus poderia ter-Se satisfeito em saciar a nossa fome sem que os alimentos fossem agradáveis ao nosso paladar — como Sua benignidade transparece-nos diversos sabores de que Ele revestiu os diferentes tipos de carne, vegetais e frutas! Deus não nos deu somente os sentidos, mas também nos deu aquilo que os agrada; e isso também revela a Sua bondade. A terra poderia ser tão fértil como é, sem a sua superfície ser tão deleitavelmente variegada, A nossa vida física poderia ser mantida sem as lindas flores para encantarem os nossos olhos e para exalarem suaves perfumes. Poderíamos andar pelos campos, sem que os nossos ouvidos fossem saudados pela música dos pássaros. Donde, pois, esta beleza, este encanto, tão livremente difundido pela face da natureza? Verdadeiramente, 'O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias são sobre todas as suas obras' (Salmo 145:9).

Vê-se a bondade de Deus em que, quando o homem transgrediu a lei do seu Criador, não começou de imediato uma dispensação de ira sem contemplação. Bem poderia Deus ter privado as Suas criaturas decaídas de todas as bênçãos, de todos os confortos e de todos os prazeres. Em vez disso, Ele introduziu um regime de natureza mista, de misericórdia e juízo. Devidamente considerado, isso é por demais maravilhoso, e quanto mais completamente se examine esse regime, mais transparecerá que ' ... a misericórdia triunfa do juízo' (Tiago 2:13). Não obstante os males todos que acompanham o nosso estado decaído, o prato do bem predomina grandemente na balança. Com relativamente raras exceções, os homens e as mulheres experimentam muito maior numero de dias de boa saúde, do que de enfermidade e dor. Há no mundo muito mais felicidade própria das criaturas do que infelicidade igualmente própria delas. Mesmo as nossas tristezas admitem considerável alívio, e Deus conferiu à mente humana uma versatilidade que lhe possibilita adaptar-se às circunstâncias e tirar delas o melhor proveito possível.

Não se pode com justiça pôr em questão a benignidade de Deus pelo fato de haver sofrimento e tristeza no mundo. Se o homem peca contra a bondade de Deus, se ele despreza 'as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade' e, seguindo a dureza e a impenitência do seu coração entesoura para si mesmo ira para o dia da ira (Romanos 2:4-5), a quem deve culpar, senão a si próprio? Deus seria bom, se não punisse os que usam mal as Suas bênçãos, abusam da Sua benevolência e pisoteiam as Suas misericórdias? Não haverá a menor censura quanto à bondade de Deus, mas, ao contrário, a mais brilhante e modelar demonstração dela, quando Deus eliminar da terra os que quebrantara as Suas leis, desafiam a Sua autoridade, zombam dos Seus mensageiros, escarnecem do Seu Filho e perseguem aqueles pelos quais Ele morreu.

A bondade de Deus foi mais ilustremente visível quando Ele enviou o Seu Filho, '...nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos' (Gaiatas 4:4-5). Foi então que uma multidão dos exércitos celestiais louvou seu Criador e disse: 'Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens' (Lucas 2:14). Sim, no evangelho 'a graça (em grego, a benevolência ou bondade) de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens' (Tito 2:11). Não se pode pôr em dúvida a benignidade de Deus pelo fato de não ter feito Ele a todas as criaturas pecadoras objetos da Sua graça redentora. Não o fez com os anjos decaídos. Se Ele tivesse deixado que todos perecessem, não haveria censura à Sua bondade. A quem quer que desafiasse esta afirmação faríamos lembrar a soberana prerrogativa de nosso Senhor: 'Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?' (Mateus 20:15),

'Louvem ao Senhor pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens' (Salmo 107:8). Gratidão é o justo retorno exigido dos objetos da Sua benignidade; contudo, muitas vezes é negada ao grande Benfeitor, simplesmente porque a Sua bondade é tão constante e tão abundante. A bondade de Deus é apreciada superficialmente porque é exercida para conosco no curso comum dos eventos. Não a percebemos bem porque a experimentamos diariamente.  'Ou desprezas tu as riquezas da sua begnidade?...' (Romanos 2:4). A Sua bondade é 'desprezada' quando não é utilizada como um meio para levar os homens ao arrependimento, mas, ao contrário, serve para endurecê-los a partir da suposição de que fecha os olhos para o pecado deles.

A bondade de Deus é o sustentáculo da confiança do crente, é esta excelência de Deus que exerce mais atração sobre os nossos corações. Visto que a Sua bondade dura para sempre, jamais deveríamos ficar desanimados. 'O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele' (Naum 1:7). 'Quando outros nos maltratam, isso deveria somente estimular-nos a dar graças mais calorosamente ao Senhor, porque Ele é bom; e quando nós mesmos nos damos conta de que estamos longe de sermos bons, somente deveríamos bendizer com maior reverência Aquele que é bom, jamais deveríamos tolerar um instante de descrença na bondade, do Senhor; seja o que for que possa ser questionado, isto é absolutamente certo, que o Senhor é bom; as Suas dispensações podem variar, mas a Sua natureza é sempre a mesma”

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

UM CLAMOR POR AVIVAMENTO



Aviva o Senhor a tua obra Hc 3.2

O clamor por um avivamento foi a tônica de sua mensagem. Diz o texto que a palavra trouxe-lhe temor e, como resultado desta atitude, ecoou do profundo do seu coração o clamor por um derramar do Espírito sobre a nação de Israel, que precisava, urgentemente, ser despertada e voltar-se inteiramente para Deus. E isto só viria a acontecer caso houvesse um mover de Deus: o avivamento.   

Diante disso, quero, nesta oportunidade, fazer algumas colocações sobre alguns significados do avivamento de Deus para o seu povo.
Despertar-se do sono

Comecemos por esta afirmativa fundamental: avivar-se significa despertar-se do sono da frieza espiritual. O profeta pediu avivamento porque Israel precisava acordar. Seus líderes estavam dormindo o sono do comodismo e da inércia espiritual. Ele sabia que o povo havia pecado e, consequentemente, seria julgado e condenado. E, por isso, pede para que Deus apareça entre o povo com uma nova manifestação de poder, por meio de sua graça e de seu Espírito. Somente assim eles seriam perdoados e salvos.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Roma, exorta-os dizendo: “...é hora de despertamos do sono, porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé”, Rm 13: 11. Quer dizer: ele apela aos cristãos e os desafia a uma vida cristã ativa e de trabalho cristão. No verso 12, quando diz que “a noite é passada e o dia é chegado”, cria na volta iminente de Jesus um fator motivador para permanecermos acordados na vida cristã: Jesus está vivo e vai voltar para buscar a igreja.  

À semelhança do profeta Jonas que, em razão de sua desobediência a Deus, dormia um profundo sono no porão do navio, Jn 1: 5, muitos estão fugindo da presença do Senhor e estão dormindo espiritualmente nos porões da tristeza, da frieza espiritual, da negligência, do comodismo e da desobediência. A estes, a Palavra de Deus está dizendo todos os dias: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”, Ef  5: 14.     
Atitudes de protesto

O grito de protesto do profeta Habacuque por um avivamento está marcado neste texto por sua coragem ou destemor ao dizer com fé: “Aviva, ó Senhor, a Tua obra”. O profeta estava reclamando contra todas as atitudes erradas de sua nação. O mau comportamento desse povo era uma afronta ao verdadeiro Deus. E, com temor no coração, ao ouvir a Sua palavra, o profeta não vê outra alternativa a não ser um real avivamento para varrer do meio do povo todo pecado.   

Os dias atuais são difíceis e tenebrosos, porque o mundo jaz no maligno, Jo. 5: 9. Não dá pra ser crente frio e conformista, Rm 12: 2. Precisamos protestar contra a frieza espiritual que procura assolar a igreja de Jesus na terra. A Igreja Presbiteriana Renovada nasceu no fogo do Espírito Santo. Ela é fruto de avivamento. E o fogo santo queima pecado, mundanismo e todo tipo de atitude inconveniente que queira impedir o avanço da obra de Deus.

Não podemos ficar calados. Se assim o fizermos, diz a Bíblia que as pedras clamarão, Lc 19: 40. A ordem bíblica é protestar contra as atitudes do nosso adversário com a autêntica proclamação do evangelho. Este protesto precisa ser imperativo e contextualizado, pois o próprio Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”, Mt. 16: 15. A Palavra de Deus afirma que não há tempo a perder: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”, Jo 9: 4.

Para protestar contra o pecado não é preciso sair às ruas com faixas e bandeiras, mas é possível fazer isto em oração, em consagração e jejum a Deus. A atitude de protesto da igreja pode ser demonstrada por de meio da qualidade de vida cristã, isto é, uma vida ordeira e orientada pela Bíblia Sagrada.   


Comprometimento com o reino

Em sua oração, o profeta roga a Deus para que, nos tempos de aflição e angústia, a sua misericórdia seja lembrada, porque sem ela o povo iria perecer no pecado. A compaixão divina era a porta de retorno a uma vida de reconciliação e, posteriormente, reafirmação de um autêntico compromisso cristão. E está claro nas palavras do profeta que o avivamento traçaria este caminho e o poder de Deus levaria o povo à conscientização e tomada de uma posição coerente com os princípios de Deus.  

Costumo dizer que vida cristã traduz-se por comprometimento com o Reino de Deus; viver o que cremos e pregamos e uma volta aos dias da Reforma e aos ensinos do livro de Atos. É também vida no Espírito, Gl 5: 25; vida frutífera, Jo 10: 10 e 15: 5 e vida de serviço ao Reino de Deus. Jesus disse que ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus, Lc 9: 62. Crente avivado tem como prioridade pensar nas coisas que são lá do alto, Cl 3: 2.

Aprendemos pela Bíblia que vida com Deus é vida plena de submissão e fidelidade a Ele. O crente comprometido com as coisas espirituais não tem tempo para aquilo que não é de Deus, porque o fogo do Espírito Santo está constantemente aceso em seu altar (sua vida). Jesus disse que quem quiser ir para o céu deve tomar a sua cruz e segui-lo a cada dia, Lc 9: 23. Somente uma vida avivada e cheia do Espírito Santo poderá suportar as provações e as tentações deste mundo.

Jesus é o maior exemplo de vida comprometida com o Reino de Deus. Quando estava sendo julgado, afirmou com convicção: “.O meu Reino não é deste mundo...”, Jo 18: 36. De fato, a igreja precisa estar ciente de que a sua tarefa neste mundo é ser sal da terra e luz do mundo, e que ela está no mundo, mas a ele não pertence: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livres do mal”, Jo  17: 15.

Que a oração do profeta Habacuque seja a constante oração da igreja, e que a frase “Aviva, ó Senhor, a tua obra...” Seja o nosso lema 

ORAÇÃO, O DEVER DO CRISTÃO DIARIAMENTE



A oração é uma necessidade na vida de todo cristão, mas nem todos estão atentos a essa verdade. A natureza humana não é propensa à oração, isso em virtude do senso de auto-suficiência. No estudo desta semana, destacaremos a importância da oração através da qual desenvolvemos nosso relacionamento com o Senhor. Inicialmente, abordaremos a prioridade da oração na agenda do cristão, em seguida, a importância desta no desenvolvimento do relacionamento com Deus, e ao final, a achegar-se com confiança diante do trono do Senhor.

Vivemos em um mundo repleto de atividades, uma se sobrepõe à outra. O corre-corre da vida impossibilita o crente a buscar a Deus em oração. Mas não era assim no princípio, no Gênesis está revelado que o ser humano desfrutava de amizade com Deus. Depois da Queda, o sentimento de auto-suficiência passou a ter prioridade na conduta humana. A agitação da modernidade também favorece a ausência de oração. Nos dias atuais, dominados pela tecnologia, as pessoas estão deixando de orar. O fazer está se sobrepondo à oração. É evidente que precisamos agir, mas toda ação do crente pressupõe oração. Lutero costumava dizer que deveríamos trabalhar como se todo trabalho dependesse de nós e orar como se tudo dependesse de Deus. Nesse contexto do fazer, os cristãos estão deixando de separar momentos especiais para a oração: de madrugada, antes das refeições, ou antes de dormir (Sl. 63.1). A materialismo filosófico e o liberalismo teológico contribuíram para essa “apostasia na oração”, pois fomos instruídos, por esses pensamentos, a depender exclusivamente do poderio humano. Essa lógica leva à apostasia, e, na verdade, toda aposta se inicia pela falta de oração. A oração não pode ser um apêndice na vida cristã, ela precisa ter prioridade, a hora silenciosa para a oração e meditação na palavra deva ter primazia na agenda do cristão.

 A oração é o meio pelo qual desenvolvemos nosso relacionamento com Deus. Ela é uma disciplina cristã, por isso, precisa de treinamento contínuo, tal como a de um atleta (I Co. 9.25). É importante que o cristão tenha um tempo reservado para a oração, ainda que esse seja inicialmente de apenas 15 minutos diariamente, e deva ser persistente em tal prática. Esse é o momento de trocar as nossas forças pelas forças de Deus (Is. 40.31). O ideal é que o crente associe a oração à leitura da palavra (I Sm. 3.21), meditando em algum texto da Escritura, pedindo ao Senhor que se revele por meio dela. Esse é um período para digerir a Palavra de Deus, deixando que ela seja alimento (Jr. 15.16). Alguns cristãos adotam a prática de fazer anotações: data, passagem lida, aplicações e o motivo da oração. Outra opção é a utilização de um livro devocional diário, com textos bíblicos e meditações aplicativas, sem esquecer da oração. A relevância da oração não está naquilo que iremos receber da parte de Deus, mas no fato de estarmos na presença dEle. Jesus nos dá esse exemplo maior, pois Ele, enquanto homem, nos ensinou a depender do Pai e a buscar desenvolver nosso relacionamento com Ele (Mt. 1.35-39). O encontro de Jesus com os discípulos, no caminho de Emaús, revela a importância do relacionamento com Deus (Lc. 24.13-16). Na jornada cristã, precisamos da companhia de Cristo, Ele é Aquele que nos livra das inquietações do cotidiano (Hb. 4.16; Fp. 4.6,7)

 Jesus é o fundamento da oração cristã, na verdade, podemos nos achegar ao Pai com confiança porque Ele é o mediador, Seu sacrifício perfeito nos oportuniza o acesso a Deus em oração (Ex. 30.7-10), por meio da Sua graça (Hb. 4.14-16), e auxílio bem presente (Rm. 8.34; I Jo. 2.1-2). A confiança se concretiza através da sinceridade, por isso, devemos orar cientes de que Deus pode nos socorrer (Sl. 139.1; I Cr. 28.9), perdoar os pecados, contanto que quebrantemos nossos corações perante Ele (Sl. 51.10,17), que não sejamos hipócritas tal como o publicano (Lc. 18.13). Na oração também podemos apresentar nossas queixas perante o Senhor (Sl. 44.23-24). A esse respeito, disse um pensador judeu: “o judeu pode amar a Deus ou lutar com Ele, mas não pode ignorá-lo”. Não tenhamos receio de apresentar nossas angústias diante de Deus, esses também são modos de oração, experimentados por homens de Deus, tal como Abraão (Gn. 18.23-33) e Moisés (Ex. 32.12,14). Mas a oração é também uma oportunidade para a rendição, isto é, de acatarmos a vontade soberana de Deus para as nossas vidas. Alguns crentes não oram porque têm receio de se dobrarem à vontade de Deus (Jo. 4.34; Rm. 12.1-3). É por meio da oração que nos achegamos em gratidão por tudo que o Senhor nos tem feito (ou deixado de fazer). Deus sabe sempre o que é melhor para cada cristão, por isso, enquanto a resposta não vem, devemos confiar nEle (Sl. 100.4), agradecer pela Sua providência (Ef. 5.20) e reconhecer a Sua soberania (Sl. 113.1-3).

A oração é fundamental na vida de todo crente. Não apenas para recebermos as bênçãos de Deus. A importância central da oração repousa na oportunidade de desenvolvermos um relacionamento contínuo com nosso Pai Celestial. Enquanto oramos, independentemente do modo como Ele responde, devemos confiar em Suas promessas (Fp. 4.6,7), que é o antídoto contra toda ansiedade (Sl. 4.8) e a certeza da Sua presença diante das adversidades (Fp. 4.9). PENSE NISSO!