sexta-feira, 12 de setembro de 2014

4 ESTAGIOS DA JORNADA DA VIDA, ESTE LIVRO E DE WATCHAMAN NEE, E UMA FORTE REVELAÇÃO NOS ESCRITO DA BIBLIA SAGRADA.

 








Quatro Estágios Importantes na Jornada da Vida
Watchman Nee

Índice


Prefácio à Série

Segredos para a vida
Em nossos dias percebe-se claramente a grande necessidade de mensagens que tragam luz quanto ao caminho para a vida cristã vito­riosa e o ministério abundante.
Assim, é com muita alegria que iniciamos a Série Segredos Para a Vida, visando publicar preciosas lições para o viver cristão adequa­do. São pequenas pérolas, porém de grande valor, achadas em nossas garimpagens. Algu­mas são o que cuidamos ser essencial em um dos nossos clássicos cristãos que merecem ser ressaltados e outras serão textos inéditos. No entanto, são verdadeiros segredos espirituais para os que já estão na jornada da vida cristã em busca da maturidade.
Nossa meta também é gerar e estimular no­vos leitores. Recomendamos ainda estas pre­ciosas lições para serem estudadas em grupos menores. Por isso, manteremos este formato pequeno, com poucas páginas e preço bem acessível.
Neste volume, apresentamos esta rica lição Quatro Estágios Importantes na Jornada da Vida, de Watchman Nee, que é um artigo do seu livro Vida Cristã Equilibrada; uma men­sagem objetiva que demonstra os estágios que devemos trilhar na jornada da vida, rumo à maturidade e ao arrebatamento.
"... até que Cristo seja formado em nós" (Gl 4.19).

Gerson Lima
São Paulo, 22 de fevereiro de 2005.

"Quando estava o Senhor para tomar Elias ao céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, desceram a Betel. Então, os discípulos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e lhe disseram: Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.
Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele dis­se: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a Jericó. Então, os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei; calai-vos.
Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão[1]. Mas ele disse: Tão certo como vive o SENHOR e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos foram juntos. Foram cinqüenta homens dos discípu­los dos profetas e pararam a certa distância de­les; eles ambos pararam junto ao Jordão. Então, Elias tomou o seu manto, enrolou-o e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas ban­das; e passaram ambos em seco. Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito. Tornou-lhe Elias: Dura. coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não me vires, não se fará. Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para uma e outra banda, e Eliseu passou" (2 Reis 2.1-14).

Introdução

Na passagem citada encontramos deline­ados quatro estágios de uma jornada singular que partia de Gilgal, rumava para Betel. Jericó e, enfim, cruzava o rio Jordão.
Na época em que Elias iria ser elevado ao céu, e Eliseu estava para receber uma porção dobrada do Espírito Santo, esses dois homens de Deus viajavam por um caminho que ligava os quatro locais acima citados.
A partir dos aspectos físico e geográfico, podemos extrair uma lição espiritual muito importante: se quisermos ser elevados ao céu como Elias, ou receber o Espírito Santo como Eliseu, teremos de percorrer estes quatro está­gios da vida, conforme nos são tipificados pe­los quatro locais visitados durante a viagem.
Devemos, também, dar início a uma jornada em Gilgal e percorrer toda a trajetória até atraves­sar o rio Jordão se almejamos ser arrebatados ou esperamos receber o poder do Espírito Santo.
Vejamos o que estes quatro lugares pedem representar exatamente.

Gilgal

Tratando com a Carne
A fim de interpretar corretamente o signi­ficado de Gilgal, devemos, primeiramente, compreender o princípio da primeira menção contido nas Escrituras Sagradas[2].
A partir de Josué 5.9, descobrimos que Gil­gal é um lugar que significa "removido". Ao ler os versículos 2 a 9, compreendemos que a gera­ção dos filhos de Israel que inicialmente saíram do Egito foi toda circuncidada, ao passo que a geração de israelitas que nasceram depois, no deserto, não o foi.
Naquela época, esta geração estava entrando em Canaã e, logo, herdaria sua herança. Por­tanto, a velha carne deveria ser "removida"; o opróbrio do Egito precisava ser lançado fora ou removido para que os filhos de Israel pudessem ter a chance de desfrutar uma nova. vida, por­quanto o significado da circuncisão, conforme nos é revelado no Novo Testamento, indica "despojamento do corpo da carne" (Cl 2.11).
Quem verdadeiramente reconhece o que é a carne? Quem entende o que quer dizer tratar com a carne? Quem compreende o que quer dizer o julgamento da carne? Muitas pessoas supõem que a vitória sobre o pecado é a mar­ca da perfeição, mas não sabem que é a carne quem peca!
Segundo as Escrituras, a carne é condenada por Deus. Trata-se de algo do qual Ele se desa­grada. A carne é tudo o que temos ao nascer: "O que é nascido da carne é carne" (Jo 3.6).
Tudo o que temos, ao nascer, provém da carne, e isso não inclui apenas pecado, imun­dície e corrupção, mas também bondade, ha­bilidades, zelo, sabedoria e poder naturais.
Uma lição bastante difícil de ser aprendida, na vida de um crente, é que ele conheça a pró­pria carne. O cristão deve ser conduzido por todos os tipos de fracassos e privações antes de saber o que sua carne é.
O que atrapalha o progresso do crente, tanto na vida quanto na obra, é a carne. Ele não tem consciência de que Deus o convoca a negar a própria carne, imagina que abrir mão dos pecados já é o suficiente e desconhece o mesmo desprazer que Deus sente tanto por suas habilidades, seu zelo e sua sabedoria na obra de Deus quanto por sua própria bondade e por seu poder na vida espiritual.
Segundo Deus, precisamos negar, fazer morrer e permitir que passe pelo julgamento tudo o que consideramos bom de acordo com a carne e tudo o que planejamos e organizamos pela carne. O Senhor não confere o menor va­lor à ajuda da carne, nem na vida nem na obra espirituais.
No tempo de Josué, Gilgal era exatamente o lugar onde a carne foi despojada e julgada. Para o crente hodierno, Gilgal simboliza o lu­gar onde a carne deve ser julgada por meio do entendimento que Deus nos concede. Deus declara que a carne deve ser lançada fora. As­sim, concordemos com Ele. Deus afirma que a carne precisa ser circuncidada. Portanto, se­jamos circuncidados no coração.
Em nossa jornada espiritual pela vida, deve­mos, também, partir de Gilgal e negar a carne. Porém, observe, por favor, que isso não especifica o grau de despojamento de alguém, mas simples­mente declara que a carne precisa ser julgada.
Um erro freqüente cometido pelas pessoas é procurar zelo e boas obras, mas deixar de negar a carne. No entanto, o mais essencial é julgarmos a carne da mesma forma como Deus a julgou.
De acordo com uma. experiência muito pessoal que tive com o Senhor, a expressão mais elevada de vida espiritual não se encontra na regeneração, santificação, perfeição, vitória sobre o pecado ou no poder, mas em negar a carne que é tanto o objetivo quanto o cami­nho da vida espiritual.
Aqueles que não partiram de Gilgal nun­ca deram início, de fato, à jornada espiritual. Aqueles que não aprenderam a negar a carne não sabem o que é a vida espiritual. Esses in­divíduos podem ser zelosos nas boas obras, e é possível que até se sintam felizes ao realizá-las, mas não compreendem a verdadeira vida espiritual.

Betel

Lidando com o Mundo
De Gilgal, agora temos de avançar em nossa jornada até Betel. O que significa o nome Betel? Novamente, descubramos onde, na Bíblia, Betel é mencionado pela primeira vez e, assim, poderemos decifrar o que significa para nós hoje em dia.
Leia, por favor, Gênesis 12.8. Betel era o lu­gar onde Abraão edificou um altar. Um altar tem o propósito de estabelecer comunicação com Deus quando a pessoa oferece sacrifícios e entrega-se a Ele por inteiro.
Gênesis 12.9-14 relata a descida de Abraão ao Egito. Ali, ele não edificou qualquer altar. Sua comunicação com Deus foi interrompida, e o seu coração de consagração, posto de lado — o que.assinala a diferença entre Betel e Egito. Logo, Betel significa tudo o que é contrário ao que o Egito representa.
Gênesis 13.3 e 4 registra algo muito signifi­cativo: "Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; até ao lugar do altar, que outrora tinha leito; e aí Abraão invocou o nome do Senhor".
Abraão havia perdido a comunhão com Deus enquanto estava no Egito. Contudo, quan­do voltou ao lugar original ou seja, Betel, ele invocou, mais uma vez, o nome do Senhor. Apenas na Betel espiritual as pessoas terão comunhão com Deus e se entregarão a Ele.
Por conseguinte, ao passo que Gilgal fala a respeito de vencermos a carne, Betel fala so­bre vencermos o mundo, pois, nas Escrituras Sagradas, o Egito representa o mundo.
Vencer o mundo é uma condição para o ar­rebatamento e para receber o poder do Espíri­to Santo. Nossa vida deve chegar ao ponto de o mundo ser incapaz de afetar nosso coração.
Quanto, na verdade, estamos separados do mundo? Será que expressamos, por nossa vida, que nos separamos do mundo? Será que as nossas atitudes e palavras demonstram que não pertencemos mais a este mundo?
E quanto às nossas intenções? Será que ali­mentamos algum desejo secreto pelas coisas do mundo? Será que, de forma sub-reptícia, buscamos o louvor dos homens?
Será que nos permitimos sofrer muito inte­riormente por causa da calúnia dos homens?
Quando sofremos alguma perda material, sen­timos esta perda com intensidade? Existe algu­ma diferença entre o que sentimos pelo mundo e o que as pessoas do mundo sentem?
Se nosso coração não vencer completa­mente o mundo, e, se as pessoas, coisas ou os acontecimentos deste mundo ainda ocuparem lugar dentro de nós, não seremos capazes de atingir nosso objetivo.
O crente deve pagar o preço por seguir ao Se­nhor se espera ser cheio do Espírito Santo (...). Precisamos abrir mão do mundo e aprender a comunicar-nos com Deus no altar da con­sagração. A consagração e a comunhão são indispensáveis.
No Egito, não era normal haver fome; todavia, quando havia, sobravam apenas os velhos grãos para sustentar os moradores. Contudo, em Canaã, parecia ocorrer fome com freqüência. Espiritualmente falando, isso indica que, no mundo, há pouca ou nenhuma fome, pois aquele que vive no mundo não apenas está no mundo, mas também pertence ao mundo.
Porém, para as pessoas que vivem em obe­diência a Deus, às vezes haverá fome, pois, pela comparação, há pouca ou nenhuma ten­tação no mundo, ao passo que no caminho da obediência podem existir muitas tentações.
Entretanto, esse é o caminho para o poder para o arrebatamento. Ainda que a tentação seja grande, sempre há livramento com Deus (veja 1 Co 10.13).
Logo, sejamos vigilantes e fiéis. Se não for­mos cautelosos, voltaremos ao Egito, onde não existem consagração ou comunhão com Deus. Permanecer no Egito, ainda que temporariamen­te, significa pecar durante certo tempo. Deve ser muito patético e digno de dó alguém "fixar resi­dência" permanente ali. Embora a pessoa possa até evitar a tentação, não existe altar no Egito.
Algumas pessoas são semelhantes a Abraão, que não foi diretamente ao Egito. Primeiro, ele rumou para. o Oriente, que era na direção do Egito, embora não houvesse ainda chegado ao Egito. Estar no Oriente pode ser descrito espi­ritualmente como pertencer metade ao mundo e metade a Deus.
No entanto, no Oriente também não exis­te altar: não há comunhão com Deus. Betel, por sua vez, é um local completamente sepa­rado, não se trata do Egito do mundo nem do Oriente da aceitação carnal.
Calcula-se que entre dois e três milhões de israelitas saíram do Egito, ainda que Deus não tenha permitido que nenhum deles edificas­se um altar no Egito. Para que esses israelitas servissem a Deus de verdade, era preciso que partissem do Egito e viajassem durante três dias (Êx 8.25-27)!
No Egito, eles poderiam realizar a Páscoa, pois Deus os havia libertado do castigo do pe­cado que era a morte. Porém, para que estives­sem sob o nome do Senhor e O adorassem, precisavam abandonar o Egito.

Jericó

Tratando com Satanás
A referência mais clara concernente ao sig­nificado de Jericó encontra-se no livro de Jo­sué. Nele, podemos observar a conquista de toda a cidade de Jericó.

"Naquele tempo, Josué fez o povo jurar e dizer: Maldito diante do SENHOR seja o ho­mem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó" (6.26).

Portanto, Jericó significa ser amaldiçoado.
Esse trecho da história bíblica narra a for­ma como os filhos de Israel venceram seus inimigos pela primeira vez em Canaã. Espi­ritualmente falando, os diversos povos de Canaã representam os espíritos malignos que pertencem ao diabo e podem ser comparados às hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais, mencionadas em Efésios 6.12. Trata-se dos inimigos contra os quais os crentes lutam hoje em dia.
Não temos de lutar apenas contra a carne e o mundo, mas precisamos, também, vencer o inimigo. Existe apenas uma forma de vencê-lo: crer na Palavra de Deus e praticá-la (Ap 12.11).
Cremos que alcançaremos o resultado pro­metido se praticarmos a Palavra. Deus o falou, e isso basta. As pessoas que vivem em Jericó, nos dias atuais, dizem possuir a cidade, mas nós dizemos crer na Palavra de Deus. Elas di­zem que as muralhas chegam ao céu, mas nós dizemos que nosso Deus está nos céus. Elas dizem que o território incluso na cidade lhes pertence, mas nós dizemos que Deus prome­teu dar-nos todo lugar onde pisar a planta do nosso pé (veja Js 1.3).
Muitas pessoas conhecem apenas a luta entre o espírito e a carne (Gl 5.17), mas não percebem o conflito travado entre os crentes e os espíritos malignos, conforme descrito no sexto capítulo de Efésios.
A verdadeira guerra espiritual é travada entre nós e Satanás (com seus espíritos demoníacos). Essa guerra reúne todos os crentes maduros, pois os filhos de Deus, na. Terra, são frequen­temente atacados pelos espíritos do mal.
Esses ataques ocorrem, às vezes, no próprio lugar onde vivem, no corpo, nos pensamentos, nas emoções e no espírito. Sobretudo, no final dos tempos, as forças malignas redobrarão seus esforços para impedir que os crentes sirvam ao Senhor, fazendo-os estar angustiados e aflitos com muitas coisas.
Com bastante freqüência, os crentes não tem consciência de estarem sendo atacados pelos espíritos malignos e não compreendem por que tudo parece estar contra eles, o que produz uma terrível confusão e muito problema. É muito comum que eles achem naturais as coisas que acontecem e não percebam que estão sendo oprimidos por forças sobrenaturais.[3]
No final dos tempos, é da maior impor­tância que os crentes reconheçam o inimigo e saibam como lutar contra ele e vencê-lo. Ainda que vençamos a carne e o mundo, não seremos capazes de realizar grandes progressos se não vencermos as obras do inimigo.
A queda de Jericó não poderia ser atribuída à força humana, mas a dois fatores: à Palavra de Deus e à posição que os filhos de Israel as­sumiram.
A fim de vencer os ataques dos espíritos imundos, devemos agir de duas formas:
(1) ignorar as circunstâncias e os sentimentos, acreditando na promessa contida na Palavra de Deus e fazendo o inimigo baterem retirada;
(2) permanecer [pela fé] nos lugares celestiais que Cristo nos proporcionou, mantendo, as­sim, Satanás e seus espíritos malignos em po­sição inferior.
Sem a Palavra de Deus e sem assumir a posição que Deus nos concedeu pela fé não conseguimos ter vitória sobre o inimigo.
[Sujeitai-vos pois a Deus...]

O Rio Jordão

Tratando com a Morte
O rio Jordão assinala o poder da morte, e, por conseguinte, cruzar o rio Jordão significa vencer a morte. Isso é o arrebatamento[4].
Essa faceta da jornada tem uma relação es­pecial com o Senhor Jesus, já que o próprio Senhor foi batizado no rio Jordão. O fato de Ele ter descido às águas batismais indica a morte.
O fato de Ele ter subido das águas denota a ressurreição. Ele vence a morte por meio do poder da ressurreição.
O maior poder de Satanás, conforme sa­bemos, é a própria morte (veja 1 Co 15.26). É como se o Senhor desafiasse Seu inimigo ao di­zer: "Faça o que puder Comigo" (cf. Hb 2.14). E, de fato, Satanás faz o melhor que pode. No entanto, Deus tem o poder da ressurreição.
Satanás almeja matar completamente o Se­nhor, embora Ele tenha a vida que não pode ser tocada ou apoderada pela morte. O Senhor, conforme dizem as Escrituras, sofreu numa terra seca! Com exceção da ressurreição do Se­nhor, não há poder que possa vencer a morte. A vida que recebemos, ao tempo da regenera­ção, é essa vida da ressurreição. E o poder da vida ressurreta afugentará toda morte.
Cruzar o mar Vermelho e atravessar o rio Jor­dão têm significados muito diferentes. Cruzar o mar Vermelho foi um acontecimento forçado pe­las circunstâncias. Os filhos de Israel foram per­seguidos pelos inimigos egípcios e teriam sido mortos se não o tivessem cruzado. Atravessar o rio Jordão, todavia, foi uma ação voluntária.
Nos dias de hoje, algumas pessoas recusam-se a cruzar o rio Jordão e não buscam o poder da Sua ressurreição. Porém, Paulo estimava muitíssimo este poder e, por isso, buscava-o com diligência (Fp 3.10-12).
Todos os filhos de Deus foram ressusci­tados com o Senhor. Entretanto, muitos não conhecem o poder da ressurreição do Senhor na prática. Portanto, eles não experimentam a vitória sobre a morte.
Neste momento histórico, quando o arre­batamento está próximo, os crentes devem, enfim, vencer o último inimigo — a morte. Pre­cisamos vencer a morte (seja ela física, mental ou espiritual).
O mundo hodierno está repleto de uma at­mosfera mortal. Por um lado, muitas pessoas usadas pelo Senhor costumam sofrer fraqueza física e enfermidade. Por outro lado, a mente de muitos santos parece estar paralisada: seus pensamentos, a memória e a concentração não estão tão alertas como antes. Além do mais, o espírito de muitos crentes parece estar en­volto pela morte, ou seja, inativo, sem poder, encolhido, paralisado e incapaz de enfrentar o meio ambiente.
Por conseguinte, nos dias que antecedem o arrebatamento, os crentes devem aprender a atravessar o rio Jordão, isto é, vencer a morte. Devemos aprender a resistir ao poder da morte em nosso corpo e nas circunstâncias da vida. Devemos provar o poder da ressurreição em to­das as coisas. Precisamos testificar, mais e mais, o fato de nosso Senhor ter sido ressuscitado dentre os mortos e de nós, que estamos unidos a Ele, também termos sido ressuscitados.
A fim de recebermos o espírito de Eliseu e chegarmos ao arrebatamento de Elias, deve­mos partir de Gilgal, viajar até chegar ao rio Jordão e atravessá-lo.
O Espírito Santo só pode descer sobre aqueles que estão repletos da vida da ressur­reição. Não imagine que, tão logo sejamos regenerados, seremos arrebatados. Deus não pode levar alguém que não está preparado. Por isso, antes que possamos ter um arrebatamento como Elias, devemos passar pelas experiências de Gilgal, Betel, Jericó e rio Jordão.
Deus nos diz que seremos arrebatados. Então, façamos o que devemos fazer começan­do de Gilgal e terminando pela outra margem do Jordão.
Descobriremos que Deus estará ali esperando por nós!


3 DIMENSÕES DA SANTIDADE

As Três Dimensões da Santidade na Vida do Crente
 “Sereis santos, porque eu sou santo”  Lv 11.44 .

1- Introdução

Deus é arbitrário em exigir santidade de nós. Por isso a ordem "Sede santos". A Bíblia diz na Epístola aos Hebreus 12.14: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor". SEM A SANTIDADE NÃO PODEMOS TER UMA COMUNHÃO MAIS PROFUNDA COM DEUS

Para entendermos a palavra santo temos que observar uma distinção entre a Santidade de Deus e a santidade humana.

Quando a Bíblia diz que Deus é Santo, está falando de uma santidade ABSOLUTA. A palavra Santo, no sentido absoluto,  diz respeito a Deus, significa que Ele é diferente de nós e é absolutamente puro. Ele é Único, por isso é absoluto.

Quando Deus exige que sejamos santos, Ele está falando de uma santidade RELATIVA. A santidade do homem é diferente da Santidade de Deus pelo fato de que somos pecadores, por isso precisamos  viver uma vida de santificação diária. Contudo, não somos perfeitos como Deus, e com certeza não somos puros, pois somos pecadores.  Entãocomo a Bíblia nos chama de santos?

Para responder essa questão, devemos perceber que no A.T., quando Deus tirou os israelitas da escravidão do Egito, do opressor, e tornou-os uma nação especial, Ele os separou. Chamou-os de povo escolhido e deu-lhes uma ordem especial:  Lv 11.44  “Sereis santos, porque eu sou santo".

OS SANTOS DAS ESCRITURAS ERAM ASSIM CHAMADOS NÃO POR JÁ SEREM PUROS, MAS PORQUE ERAM SEPARADOS E CHAMADOS PARA A PUREZA. Somos considerados santos porque fomos consagrados a Deus, fomos separados e chamados para viver de forma diferente. A vida cristã é caracterizada pela inconformidade. Essa idéia é expressa na carta de Paulo aos Romanos 12.1,2 : “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Esse chamado, não começou com Moisés, nem com Abraão, quem recebeu a primeira convocação à santidade foram Adão e Eva. Essa era a tarefa original da raça humana, fomos feito à imagem de Deus, para refletir o seu caráter em nós. Por isso, a vida de todo cristão salvo em Jesus, deve ter a finalidade de refletir a santidade de Deus em todas as áreas de nossa vida.

2- Desenvolvimento

Vamos compartilhar sobre três dimensões da santidade na vida do crente:

** 2.1- Primeira dimensão da santidade    -   A nossa vida pessoal
"...não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo..." (1Co 6.19)
Gosto muito dessa palavra de Deus. Ela nos mostra que uma maiores obras de Deus é realizada pelo Espírito Santo dentro de nós. Quando a Bíblia diz que somos o santuário do Espírito Santo, em outras palavras, Deus está nos dizendo: "Olha meu filho, eu comprei vocês através do sangue de Cristo e agora o meu Espírito é o proprietário da vida de vocês". Amados, DEUS É O PROPRIETÁRIO DE NOSSAS VIDAS. Quando ele nos comprou pelo sangue de Jesus, Ele tornou-se o nosso proprietário.

* O ESPÍRITO SANTO É O NOSSO PROPRIETÁRIO, E POR ISSO ELE SEMPRE ESTÁ MOTIVADO A FAZER MUDANÇAS E REFORMAS EM NOSSA VIDA.

Quando o Espírito Santo nos compra e vem morar em nós ele encontra em sua nova casa o pecado. O pecado é como se fosse o lixo. Em toda casa tem lixo, tem papel velho, restos de comida, poeira, buginganga. Todo lixo dentro de uma casa precisa ser jogado fora. QUANDO O ESPÍRITO SANTO VEM MORAR DENTRO DE NÓS, ELE QUER TIRAR TODO O LIXO CARNAL QUE ESTÁ DENTRO DA NOSSA MENTE, DO NOSSO CORPO E SENTIMENTOS. Esse trabalho do Espírito Santo é chamado de santificação.

ILUSTRAÇÃO: Imagine que Jesus viesse fazer uma visita a sua casa. De repente, Ele chega na porta e pede pra entrar. Você diz:

- Oi Jesus, pode entrar na minha sala.
Mas imagine que Jesus dissesse:
- Minha FILHA, (ou meu FILHO) deixa eu conhecer a tua casa? Comecemos pela cozinha.

Você talvez ficaria envergonhado se sua cozinha estivesse bagunçada, pois certamente você desejaria causar uma boa impressão a Jesus.
Imaginemos que Jesus dissesse:

- Meu filho, deixa eu ver teu quarto?.
Acho que você correria rápido até o quarto, ajeitaria os sapatos e roupas espalhadas, para produzir uma boa impressão a Jesus.

Se Jesus quizesse conhecer toda a tua casa, acredito que você não poderia impedir. Afinal, Jesus é Deus. Ele tem poder de conhecer todas as coisas que acontecem conosco.

Mas, em toda casa tem aquele quartinho, que eu chamo de "quarto da bagunça, da bagulhada". Alí nós guardamos tudo que é indesejável, objetos velhos e inúteis ou coisas que não queremos que as pessoas vejam.
Imagine que Jesus dissesse:

- Filho, deixa eu ver o teu quarto da bagunça, da bagulhada?".
Você certamente diria: "Jesus, este quarto não.

- Por favor, tudo menos este quarto".
Jesus insistiria:

- Filho, eu também quero ver este quarto".

MORAL: Lá dentro de nós, existe também esse quartinho da bagunça e do entulho. E lá que guardamos alguns pecadinhos que ninguém vê, vícios com os quais estamos acostumados. É LÁ NESTE QUARTINHO DA BAGUNÇA, DO ENTULHO QUE JESUS QUER TAMBÉM ENTRAR PARA FAZER UMA LIMPEZA.


** 2.2- A segunda dimensão da santidade  -  A IGREJA
"..tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." (Ex 3:5)

Moisés estava num lugar santo e não sabia disso. Ele havia entrado naquele lugar de forma inadequada DE QUALQUER MANEIRA. Por isso, veio a palavra de Deus: "Tira as sandálias dos pés". Não podemos estar num lugar santo de forma inadequada. 

A Igreja é um lugar santo, e muitas vezes estamos ali de forma inadequada. Muitas vezes,  perdemos a visão de que Deus se revela na Igreja naquele momento do culto. Muitas vezes estamos na Igreja com o corpo presente e o espírito ausente. Portanto, meus irmãos, na presença de Deus não podemos estar de forma imprópria.

Quando Moisés entendeu isso, ele logo atendeu a voz de Deus, tirou as sandálias do pés e foi dominado por um forte sentimento de temor.

SE A IGREJA É UM LUGAR SANTO, NOSSAS ATITUDES NAQUELE LUGAR DEVEM SER ATITUDES SANTAS. Não combina com este lugar santo, um cristão ser irreverente, se levantar no momento do culto para conversar, conversar coisas impróprias,  etc...

A palavra de Deus para você é "TIRA AS SANDÁLIAS DE TEUS PÉS".

Irmão, tire de sua vida tudo que está impedindo que você entre na presença de Deus plenamente. Tire a irreverência, tire a distração, a fofoca. Fixe seus olhos em Cristo, no momento do culto e entenda que Deus esta presente e deseja falar ao seu coração!!!
  

** 2.3- A terceira dimensão   -   OS RELACIONAMENTOS
"...Ao que Deus purificou, não faças tu impuro..." (Atos 10.15)

Pedro era um apóstolo dedicado a Cristo, porém ele tinha muitos preconceitos. É interessante que certo dia, Deus dá uma visão a Pedro. Naquela visão, Pedro vê alimentos que ele considerava impuros pelas suas tradições. Deus diz a Pedro que ele coma dos alimentos que apareciam naquela visão. Pedro questiona Deus, dizendo que aqueles alimentos eram impuros. Deus então repreende Pedro dizendo: "Não faças impuro ao que Deus purificou".

Pedro tinha muitos preconceitos, que o impediam de amar os gentios, as pessoas estrangeiras que não tinham Deus. Muitas vezes os nossos preconceitos podem prejudicar irmãos e nos afastar da comunhão com Deus e com a Igreja. Como é fácil para muitos de nós julgar precipitadamente um irmão, com base em preconceitos, e nos afastarmos da comunhão!

ILUSTRAÇÃO: Esta é uma história sobre um soldado que finalmente estava voltando para casa, depois de ter lutado no Vietnã, ele ligou para seus pais em São Francisco:

- Mãe, pai, estou voltando para casa, mas antes quero pedir um favor a vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de trazer junto comigo.
- Claro, eles responderam, nós adoraríamos conhecê-lo.
- Há algo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em uma luta, ele pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. O pior é que ele não tem nenhum lugar para morar.
- Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso filho, talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar.
- Não mãe, eu quero que ele venha morar conosco.
- Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo! Você tem noção da gravidade do problema?
A mãe concordando com o marido reforçou:
- Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para a gente. Nós temos nossas próprias vidas e não queremos uma coisa como essa interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer este rapaz, ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo.

Nesse momento o filho bateu o telefone, os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia de São Francisco, informando que o filho deles havia morrido depois de ter caído de um prédio, a polícia acreditava em suicídio. Os pais angustiados voaram para a cidade que o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram e para seu terror, descobriram algo que desconheciam. "O filho deles tinha apenas um braço e uma perna".

MORAL: Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos fisicamente, bonitos e divertidos pessoas que tem algo para nos dar seja material ou espiritual, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis.
Hoje, façamos uma oração a Deus para que nos dê forças que precisamos para aceitar as pessoas como elas são e ajudar a compreender aqueles que são diferentes de nós.

Há algum milagre chamado "amizade" que mora em nossos corações, mas você não sabe como ele acontece ou surge, mas esse sentimento aflora e você percebe que a amizade é o presente mais precioso de Deus. Hoje do seu lado pode ter alguém que você apenas cumprimente e essa pessoa pode estar querendo receber sua oração, sua atenção, lhe contar a sua vida, seus sonhos, seus deslizes ou simplesmente suas qualidades e defeitos. Vá até essa pessoa e bata um papo com ele, talvez nessa conversa você ganhe um novo amigo...

Deuteronômio 10.17 diz: "Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno".

3- Conclusão

Deus está nos chamando para uma vida de santidade. Ele quer que cada de nós se revista do Espírito Santo. Lembre-se do que diz  2Coríntios 7.1: "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus."

ILUSTRAÇÃO: Um arauto real rodou pelas ruas da aldeia, proclamando sua urgente mensagem: "Vem o rei! O rei virá amanhã a vossa aldeia. Preparai vossas casas, pois ele almoçará com um de vós quando chegar".

Grande foi a atividade que se seguiu. Varria-se aqui, esfregava-se ali, lavava-se acolá, removia-se o pó, podavam-se as árvores, limpava-se o quintal, punha-se aqui e ali um adorno — e assim se passaram todo o dia e parte da noite.

Certo homem, no entanto, não se uniu aos preparativos exteriores. "Melhor que isto é eu limpar meu coração", disse ele simplesmente. "Cuidarei de que tudo esteja direito entre mim e meus semelhantes. Esta será a melhor maneira de me preparar para me encontrar com o rei."

Segundo conta a história, o rei preferiu almoçar numa casa humilde, cujo único ornamento era uma rosa branca no parapeito da janela; e seu morador, um homem que não se preocupou com tantos preparativos.

"Receio que os outros tenham procurado encobrir injustiça e maus sentimentos", justificou o rei, "mas este homem embelezou o coração. Almoçarei com ele."

MORAL: A santificação é uma ação do Espírito Santo que embeleza a alma de um pecador e reflete-se nas atitudes exteriores. "Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós." (Josué 3.5).


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

UM CHAMADO PRA INFLUENCIAR

FUI CHAMADO POR DEUS PRA INFLUENCIAR ESSA GERAÇÃO, SOU UM AMANTE DA BIBLIA SAGRADA, DEUS TEM NOS DADO A GRAÇA, DE ATENDER DIVERSAS AGENDAS, O MEU AGENCIADOR SE CHAMA ESPIRITO SANTO, ESTOU A DISPOSIÇÃO,  PRA ATENDER  OS CONVITES DOS IRMÃOS.
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