sábado, 26 de outubro de 2013

FAMILIA UMA INSTITUIÇÃO DIVINA

O que fica patente nesse estudo é que a família já não é mais a mesma. Em alguns aspectos mudou para melhor, como no caso da isonomia entre marido e mulher. Por outro lado é comum pensar em casamento como algo provisório, se não der certo há o divórcio e parte-se para outra relação.
Faltam argumentos para se dizer que o casamento e a família são instituições falidas. É extremamente desestimulante ver um casal que já trocou juras de amor eterno se engalfinhando na frente de um juiz, tratando-se mutuamente como inimigos mortais. Os filhos tornam-se moeda de troca e ficam no meio de uma intriga absurda que eles não criaram. Nessas ocasiões são mencionados apenas os bens, o dinheiro, o patrimônio, como se casamento fosse uma sociedade comercial. O afeto dica esquecido.
No dizer de Rodrigo da Cunha Pereira, especialista em Direito de Família, a Justiça acaba lidando com ?os restos do amor?, o que sobrou daquela relação.
Penso que esses ?restos do amor? se transformam em sentimentos menores como rancor, mágoa e ódio. Aquilo que era doce torna-se amargo, o que trazia paz agora produz a guerra.
Mesmo diante de tudo isto continuo acreditando no casamento e na família. Deus nos projetou para vivermos em família.
O casamento, ao contrário de ser uma ?instituição falida?, é uma instituição divina, não apenas para procriação, mas também para viver-se para sempre com a pessoa amada, com companheirismo, afeto, mutualidade, complementaridade. Não foi à toa que o próprio Deus celebrou o primeiro casamento entre o primeiro homem e a primeira mulher.
É bom viver em família. É bom saber que no final do dia haverá alguém esperando com um abraço apertado e um sorriso nos lábios, por mais simples e pobre que seja o ambiente, até porque a pobreza não impede a convivência familiar harmoniosa, pelo contrário, torna a família mais unida para superar os embates pela sobrevivência.
Já a desestruturação da família ou a ausência dela está na raiz da maioria dos casos de delinqüência juvenil, uso de drogas e até suicídio de jovens. É o que tenho constatado na Promotoria da Infância e Juventude, na qual trabalho.
É preciso haver um resgate dos valores da família, restaurar a família ao projeto original do Criador. Evidentemente é necessário que o Poder Público invista na Família, mas a responsabilidade não é somente do ente público, mas também das pessoas, dos indivíduos. É preciso haver maior responsabilidade nas relações e compromisso com os sentimentos alheios.
Creio no projeto de Deus que se chama família e creio que Deus quer e pode restaurar as famílias que se achegam a Ele. Creio, ainda, que mesmo aquelas pessoas que foram abandonadas pela família, decepcionadas pelos entes mais queridos, frustradas em seus sentimentos, mesmos essas pessoas podem viver em família, pois o Senhor pode restaura-las e dar-lhes uma nova família que se chama Igreja.

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